CURRÍCULO DE FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA E A EMERGÊNCIA DO ENSINO REMOTO: CONFLITOS E CONSENSOS EM TEMPOS DA PANDEMIA DA COVID-19 NO BRASIL
Mariana Aguiar Manenti, Núbia Regina Moreira
Resumo
Este texto, ainda em construção, analisa os conflitos e consensos discursivos que se articulam em torno das alternativas de ensino em modalidades não presenciais para a formação em psicologia e os seus impactos no currículo dessa formação, em tempos de pandemia ocasionada pela Covid 19 no Brasil. Nesse âmbito, discutem-se as proposições do Ministério da Educação (MEC) para o ensino superior, especificamente as Portarias nº. 343/2020, nº 345/2020, nº. 395/2020 e nº 544/2020 e os posicionamentos das entidades científicas e de fiscalização do ensino, da profissão e da formação em Psicologia, com base na perspectiva pós estruturalista da Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe (2015), Mouffe (2015, 2005, 2001) e nas apropriações no campo do currículo por Lopes e Macedo (2011), por possibilitar a interpretação dos documentos produzidos em meio às disputas de demandas sociais incorporadas nos textos políticos, submetidos a leituras que produzem significados diversos e identidades provisórias. Até o momento, foi possível identificar os conflitos tensionados pela portaria nº 544/2020, que dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas e estágios em meios digitais, durante a pandemia da Covid-19, com o poder de restrição do direito à significação e a contestação na disputa pela garantia do direito à educação e qualidade do ensino, impedindo novas proposições e contrariando o consenso de que as modalidades não presenciais põem em risco a formação ética, política e profissional das (os) psicólogas (os).
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