Esse artigo tem como objetivo analisar o que dizem os coordenadores pedagógicos sobre o seu trabalho no contexto da pandemia e do ensino remoto em escolas públicas municipais de Fortaleza. Visando refletir sobre o escrito e o vivido das funções desse profissional e as atribuições desempenhadas nesse momento pandêmico, buscamos entender a sua atuação nas relações sócioemocionais da comunidade escolar verificando como ocorre a afetividade nesse processo e, ao mesmo tempo, verificando a efetividade do acompanhamento na busca pelas expectativas de aprendizagem durante o trabalho remoto, refletindo sobre as suas práticas pedagógicas de mediação. Para alcançar o nosso objetivo, utilizamos a abordagem qualitativa respaldada em pesquisas bibliográficas, documentais e, para a coleta de dados, questionários semiestruturados com quinze coordenadores da rede pública municipal de ensino. Essa pesquisa fomentou discussões acerca do papel da coordenação no contexto da pandemia, suas reflexões e conflitos durante as atividades remotas nos processos do ensinar e do aprender. A pesquisa apontou para a necessidade do movimento dialético entre a afetividade e a efetividade, ou seja, entre a afeição relativa ao cuidado emocional de todos envolvidos nesse processo da comunidade escolar e a eficácia de um trabalho pedagógico orientado pela secretaria de educação, refletindo a necessidade de compreender o coordenador como mediador das dimensões sociais, afetivas, emocionais e conteudistas na continuidade dos processos de ensinagem, possibilitando a construção de alternativas para ensinar e a consolidação da aprendizagem dos educandos nesse período.