Neste trabalho, objetivamos analisar o funcionamento da designação do nome Língua Brasileira de Sinais, no acontecimento enunciativo do texto do livro Despertar do Silêncio (VILHALVA, 2004). Esta pesquisa se inscreve na Semântica do Acontecimento (GUIMARÃES, 2002, 2018), teoria esta mobilizada nas reflexões do Grupo de Estudos e Pesquisa em Semântica – GEPES, no qual pautamos nossas investigações em questões ligadas à constituição enunciativa do sentido. Para tanto, recorremos aos procedimentos enunciativos, a saber: reescrituração e articulação; e para representar as relações de sentido, elaboramos o Domínio Semântico de Determinação (DSD). Assim, a partir dos resultados das análises apontamos que, embora a LIBRAS tenha seguido avanços relevantes do ponto de vista político, como seu reconhecimento oficial no Brasil por meio da Lei n.º 10.436/02, o texto aqui analisado mostra uma enunciação, a qual recorta como passado o memorável que chamaremos de “clínico-patológico”, em oposição a um outro, que intitularemos de “socioantropológico”.