Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, Vol. 8, No 9 (2021)

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A CONCEPÇÃO RELIGIOSA AFRICANA EM RELAÇÃO À EUROPEIA E A RECONSTRUÇÃO DA FILOSOFIA AFRICANA NO “SINCRETISMO” BRASILEIRO

Mikele Xavier Santos, Gilvan dos Santos Sousa, Wermerson Meira Silva

Resumo


O presente artigo tem como objetivo, discutir a  partir da criação do mundo pelo  mito  yorubà, a  cosmovisão africana e o  preconceito contra religiões afro-brasileiras, consequência  de juízo de valor preconcebido, materializado  em  atitudes discriminatórias, gerando assim   a intolerância religiosa, que tem materializado cada vez mais dentro dos templos evangélicos, disseminado  o desprezo, ódio, bem como a busca de conversão dos adeptos  das religiões de matrizes africana, o “povo de santo”. Por considerarem a cultura afrodescendente, pecaminosa, herética, além de associarem algumas de suas de práticas ao barbarismo. Para  tanto, além de consultar autores que dissertam sobre a temática , a exemplo de Prandi (2001), Marins (2012), Ferreira (2010), foi feito um breve  levantamento histórico, a respeito   das origens dos terreiros na Bahia e como essa tradição vem sendo transmitida ao longos dos anos (forma oral)  alicerçada na complementaridade, na oralidade e na ancestralidade, divergindo assim das religiões  de referencial  eurocêntrico ,que vale-se  difusão da crença religiosa por meio da escrita, tendo como instrumento, o que acreditamos  ter sido  a primeira forma de comunicação de massa da humanidade,  nesse processo de doutrinação, a Bíblia. Esclarecemos que não visamos atribuir todas os práticas de intolerância, apenas aos protestantes/evangélicos, até mesmo para evitar uma generalização, mas ir de encontros às práticas de disseminação do ódio e discriminação aos devotos do Candomblé ou outro  tipo seguimento, de matriz  afro-religiosa.

 


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