A CONCEPÇÃO RELIGIOSA AFRICANA EM RELAÇÃO À EUROPEIA E A RECONSTRUÇÃO DA FILOSOFIA AFRICANA NO “SINCRETISMO” BRASILEIRO
Resumo
O presente artigo tem como objetivo, discutir a partir da criação do mundo pelo mito yorubà, a cosmovisão africana e o preconceito contra religiões afro-brasileiras, consequência de juízo de valor preconcebido, materializado em atitudes discriminatórias, gerando assim a intolerância religiosa, que tem materializado cada vez mais dentro dos templos evangélicos, disseminado o desprezo, ódio, bem como a busca de conversão dos adeptos das religiões de matrizes africana, o “povo de santo”. Por considerarem a cultura afrodescendente, pecaminosa, herética, além de associarem algumas de suas de práticas ao barbarismo. Para tanto, além de consultar autores que dissertam sobre a temática , a exemplo de Prandi (2001), Marins (2012), Ferreira (2010), foi feito um breve levantamento histórico, a respeito das origens dos terreiros na Bahia e como essa tradição vem sendo transmitida ao longos dos anos (forma oral) alicerçada na complementaridade, na oralidade e na ancestralidade, divergindo assim das religiões de referencial eurocêntrico ,que vale-se difusão da crença religiosa por meio da escrita, tendo como instrumento, o que acreditamos ter sido a primeira forma de comunicação de massa da humanidade, nesse processo de doutrinação, a Bíblia. Esclarecemos que não visamos atribuir todas os práticas de intolerância, apenas aos protestantes/evangélicos, até mesmo para evitar uma generalização, mas ir de encontros às práticas de disseminação do ódio e discriminação aos devotos do Candomblé ou outro tipo seguimento, de matriz afro-religiosa.
Texto Completo: PDF