O objetivo geral deste artigo foi analisar como são fomentadas as discussões acerca da sexualidade na escolarização formal, buscando responder as seguintes questões: as escolas trabalham o tema sexualidade na sala de aula? O que se tem entendido por sexualidade na sala de aula? E qual impacto a não abordagem da temática causa na concepção dos alunos acerca do assunto? Para isso, foram feitas observações das aulas de Língua Portuguesa e Artes em uma escola pública, de modalidade Ensino Médio, no município de Vitória da Conquista-Bahia. A pesquisa foi construída através das disciplinas Estágio-Pesquisa e Estágio-Extensão, ofertadas pelos Cursos de Letras, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, nos semestres 2018.1 e 2018.2. Através dessas observações e de análises dos livros didáticos de Língua Portuguesa e Artes, partindo de uma abordagem qualitativa, constatou-se que a escola ainda não aborda a temática sexualidade na sala de aula de forma ampla e, quando aborda, se faz de maneira descontextualizada com as diversas identidades socioculturais presentes na sociedade e até mesmo dentro do seio escolar, além de se pautar, apenas, pela discussão e prevenção às Dst´s – Doenças Sexualmente Transmissíveis – como se a sexualidade desse viés a apenas questões biológicas. Portanto, faz-se necessário com urgência o debate dessa temática na sala de aula e no contexto escolar, já que a escola é um centro de formação social, responsável pela “educação formal” e visão crítica dos alunos, proporcionando para que estes reflitam sobre esta temática e não propaguem preconceitos que estão na sociedade há décadas.