Pretende-se discutir sobre como os ajustes promovidos pela reestruturação do modo de produção capitalista vem produzindo impactos no âmbito do trabalho docente. A análise questiona se as novas demandas decorrentes desses ajustes promovem a dispensabilidade da função social do trabalho do professor, sobretudo em um contexto de expansão do ensino mediado por novas tecnologias, em razão da necessidade de distanciamento social motivado pela pandemia do Covid-19. Sustentaremos nossas análises em autores como Antunes (2020), Mészáros (2011), Freitas (2018), Lamosa (2020) os quais consideram que o mundo do trabalho passa por transformações que vêm reconfigurando essas relações e promovendo a precarização do trabalho docente. Do ponto de vista metodológico, o estudo se constitui em uma pesquisa bibliográfica e documental que analisa os estudos mais recentes acerca da temática em questão. Os resultados apontam que esses ajustes não se dão por acaso, mas são reflexo de uma forma de sociabilidade que busca indefinidamente extrair os excedentes da força de trabalho e que também coloca o conhecimento como uma mercadoria a ser consumida e o professor como uma mera engrenagem para que a expansão do capital se mantenha.