Esse trabalho tem por objetivo, analisar os efeitos do poder governamental trazidos pela avaliação em larga escala para o currículo escolar; no contexto brasileiro, isso recai sobre as políticas públicas educacionais de avaliação em larga escala – no caso específico a Prova Brasil. Nesse sentido, ao trazer à tona as discussões sobre as avaliações de larga escala que, por sua vez, incidem nos Índices do Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), acaba por nos levar a fazer uma análise do próprio currículo escolar, debatido a partir dos conceitos de saber-poder. Logo, o aporte teórico foi encontrado nos estudos de Michael Foucault (2002, 2004); Tosta (2015); e, Silva (2005). Para caminhar por essa pesquisa, cujo recorte de tempo, ocorreu de 2017 a 2019, optamos pela abordagem qualitativa, tendo por instrumento de coleta de dados a análise documental.  Temos, portanto, como resultado, a constatação de inconsistências e contradições quanto ao que se afirma ser a finalidade da avaliação em larga escala - Prova Brasil; o que se percebe é um sistema de ranqueamento, que busca os melhores índices de aproveitamento (produto) ao invés de servir de parâmetro para um diagnóstico da aprendizagem.