Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, Vol. 7, No 7 (2019)

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IDENTIDADE E PERTENCIMENTO: O CASO DA ESCOLA DO CAMPO ANTÔNIO CARLOS MAGALHÃES E AS CONTRADIÇÕES ACERCA DE SUA FIDEDIGNA IDENTIDADE CAMPESINA

Jafé da Silva Cardoso, João Nascimento de Souza, Arlete Ramos dos Santos

Resumo


A escola do campo carrega consigo traços peculiares e inerentes ao ideário da luta do povo camponês que a diferencia, sobretudo, das concepções hegemônicas de escola, que, no Brasil, são elitistas e citadinas. Com base na pressuposição que escola campesina e citadina são antagônicas, este artigo contempla o resultado de uma pesquisa realizada na escola do campo Antônio Carlos Magalhães, no município de Medeiros Neto, que objetivou elucidar as contradições acerca de suas características campesinas. Para tanto, utilizou-se como aporte teórico a Resolução CNE/CEB n.1; Resolução CNE/CEB n° 2/2008; o Decreto nº7.352/2010 bem como as concepções de CALDART (2012); LEITE (1999); MOLINA (2012), entre outros, buscando elucidar as características que alicerçam a educação do campo e determinam a identidade fidedigna de uma escola campesina. A metodologia foi de caráter qualitativo, cujos procedimentos se efetivaram através da pesquisa bibliográfica, a análise documental, complementada com o estudo de caso. A dialética, pautada nas concepções de KOSIK (2002), serviu como base para evidenciar as possíveis contradições oriundas da análise aqui pretendida, elencando o que distancia e/ou aproxima a escola destacada das características de uma escola do campo. Diante dos fatos evidenciados, os dados são preocupantes no que se refere às características indenitárias de escola do campo da Unidade de Ensino Antônio Carlos Magalhães, haja vista que ficou evidenciado que, na atualidade, em muito ela se afasta da essência campesina, especialmente no que concerne ao público-alvo, identidade, sentimento de pertencimento dos alunos para com a escola e a comunidade e vice-versa.


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