GRUPO DE ENCONTRO EM ESPAÇO ESCOLAR: LUGAR DE FALA E ESCUTA DA DOR- RELATO DE EXPERIÊNCIA ABORDANDO O SUICÍDIO SOB UMA PERSPECTIVA ÉTICA E HORIZONTALIZADA.
Resumo
Neste artigo apresenta-se um trabalho de cunho qualitativo baseado em relato de experiência e observação participante acerca de um Grupo de Encontro realizado em uma instituição pública, tendo o suicídio como pauta. O direcionamento do encontro foi embasado no modelo de grupo proposto por Carl Rogers, bem como nas três atitudes facilitadoras da Abordagem Centrada na Pessoa; congruência, empatia e consideração positiva incondicional, cujo objetivo foi ser, em um encontro significativo, presença mobilizadora das potencialidades grupais e pessoais dos membros presentes. Outrossim, buscou-se, a partir desta vivência e bibliografia específica, reiterar a importância dos Grupos de Encontro e caracterizá-los como espaços necessários ao ser humano, já que este é um ser que se relaciona e se desenvolve também diante dessas interações sociais. Consideramos que esta prática se constitui como um fazer aberto ao novo, pautado no respeito à vida outra em suas particularidades e para com ao devir humano, diante disso, os resultados apontam que grupos de encontro se constituem terapêuticos e éticos, oferecendo um clima seguro para o sujeito se movimentar frente às suas questões. Por fim, entendendo o quanto que locais que dão espaço a fala e que são direcionados à uma escuta potente e sensível, são pertinentes ao processo de formação dos alunos e devem ser ainda mais considerados nas escolas, pelo fato de que os alunos são sujeitos em desenvolvimento, interessando assim, como ponto de reflexão à educação, familiares e Estado, para assegurar com prioridade o direito e respeito à vida em sua totalidade.
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