ESCRITAS DE SI NO ESPAÇO URBANO: A SUBJETIVAÇÃO DA CIDADE EM AMARA MOIRA E GEOVANI MARTINS
Resumo
Ao estabelecer discussões acerca da subjetivação do espaço urbano na linguagem literária, a presente proposta em desenvolvimento visa refletir sobre as relações entre escritas de si e cidade, objetivando-se, portanto, em analisar como o espaço biográfico se articula ao espaço urbano nas obras E se eu fosse puta (2016), de Amara Moira, e O sol na cabeça (2018), de Geovani Martins. Nesse sentido, amparando-se em análise de cunho bibliográfico, esta proposta privilegia a noção de espaço biográfico (ARFUCH, 2010), espaço urbano (GOMES, 2008), escrita homoerótica (BARCELLOS, 2006) e escrita marginal (NASCIMENTO, 2006). Desse modo, considera-se relevante refletir sobre a subjetivação do espaço urbano em produções literárias (auto)biográficas escritas por sujeitos à margem que, ao agregar arte a protesto, desestabilizam os discursos oficiais. Nesse sentido, entender a literatura enquanto instância social, história e política implica compreender suas múltiplas formas de manifestação, dentre as quais se encontra não apenas a produção de grandes escritores, mas também a expressão de sujeitos à margem que enunciam perspectivas dissonantes.
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