ESCOLA, PARA QUE TE QUERO?
Gláucia Lilian Portela Nunes
Resumo
A recente crise da educação no Brasil tem apontado para caminhos de uma possível desescolarização da sociedade, visto que o fantasma da dominação ideológica, cultural, marxista, tem assombrado as lideranças governamentais que, desesperada e desorganizadamente, tem feito da educação lugar de pouco investimento e reformas abusivas, a ponto de comprometer a existência da própria instituição escolar. Neste artigo trataremos da escola como um espaço que transpõe a racionalidade técnica e a cultura organizacional e que se constitui espaço de racionalidade político-cultural, como apontou Nóvoa (1995). Esta escola que tem sua gênese na organização pedagógica do ensino coletivo, produz uma cultura de homogeneidade, que é histórica e social organizando-se em torno de uma cultura própria, segundo Forquin (1993), Dominique Julia (2001), Vañao Frago (2001) e de uma cultura acadêmica segundo Perez Gómez (1998). Como a licenciatura tem se aproximado deste espaço formativo? Qual o grau de inserção da cultura escolar na cultura acadêmica? O que fazer para aproximar estas duas realidades complementares da formação docente? É o que pretendemos discutir neste texto originalmente escrito para a dissertação de mestrado cujo tema foi A (Re)construção dos saberes históricos no ensino Fundamental (séries finais): diálogos com professores iniciantes, desenvolvida no Mestrado em Educação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), pelo PPGED, sob a orientação da Professora Dra. Edinalva Padre Aguiar.
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