O paradigma da Inclusão nasce do movimento de luta de familiares, profissionais e das próprias pessoas com deficiência. A Educação Inclusiva é um novo paradigma educacional que tem desafiado as escolas e professores, a darem respostas à nova realidade do contexto escolar. Considerando os limites dos sistemas educativos para atender as perspectivas da educação inclusiva, instituiu-se no âmbito educativo a função do segundo professor, para apoiar e colaborar com a inclusão escolar de educandos com deficiência. Esta pesquisa teve como objetivo descrever o processo de formação de representações sociais, por professores regentes, sobre o trabalho do segundo professor, na perspectiva da Educação Inclusiva. Realizou-se uma pesquisa qualitativa junto a quinze professores regentes que atuavam em turmas onde havia a atuação do segundo professor. Como aporte teórico utilizou-se a Teoria das Representações Sociais e as Políticas de Educação Inclusiva. Para a coleta de dados aplicouse uma entrevista semiestruturada. Os dados apontaram que o trabalho do segundo professor é representado como um trabalho auxiliar, ancorado no modelo de educação especial médicoterapêutico, onde a atuação pedagógica se volta para um trabalho individualizado e diferenciado junto ao educando com deficiência, mantendo a representação deste educando, como sendo aquele que não aprende e que precisa de outro professor em sala para cuidados e atenção. Representação que precisa, urgentemente, ser superada.