Ainda é frequente nos depararmos com uma realidade marcada por ações de racismo e discriminação aos afrodescendentes. Tais questões não podem ser silenciadas na escola, para que não seja mais uma ferramenta para a reprodução e naturalização do racismo. O objetivo deste estudo é analisar a trajetória da educação antirracista e como este novo paradigma pode favorecer no processo de construções étnico-raciais dos estudantes. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, desenvolvida com pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. O corpo teórico deste trabalho está organizado em três eixos: “O Movimento Negro no Brasil”, eixo referenciado por Domingues (2007), Gomes (2012) e Pereira (2012), pesquisadores que apontam, em seus estudos, a atuação de alguns dos importantes contribuintes do movimento negro. Em “Racismo e Educação Antirracista”, abordaremos o conceito de racismo estrutural, com Almeida (2018), e trataremos da educação antirracista, com Cavalleiro (2001 e 2005). Em “Políticas públicas e questões étnico-raciais na educação escolar”, exploraremos as principais políticas públicas educacionais relacionadas à proposta antirracista, que possam favorecer no processo de construção de identidades. A pesquisa revelou que há um vasto aparato legal que assegure a educação antirracista e conclui que ainda se faz necessário que órgãos responsáveis pela distribuição de materiais didáticos, como o Ministério da Educação, assegurem a efetivação da legislação vigente.