O presente trabalho teórico, de natureza qualitativa, tem como objetivo é discutir sobre as possíveis relações que envolvem a didática e a linguagem na formação de professores de Ciências. Estudos e pesquisas têm mostrado a importância que a didática representa para o contexto da formação docente em Ciências, sendo destacada também a relevância da linguagem, visto que muitas vezes o ensino de Ciências encontra-se dissociado desse aspecto, pois ainda persiste entre os professores de Ciências o uso da linguagem a partir de uma visão apenas comunicativa, cumprindo somente a função de exposição dos conteúdos. A partir da discussão realizada, encontramos autores que defendem uma formação docente (inicial e continuada) que não esteja dissociada da pedagogia e da didática. Nesse sentido, destaca-se a importância da formação de professores de Ciências compromissada com a Alfabetização Científica (AC) dos estudantes, buscando a aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades comunicativas, tanto de leitura quanto de escrita e oralidade, além de engajar o aluno nas diferentes linguagens, importantes no processo de AC. Assim, a linguagem, quando presente na formação, dispõe ao professor possibilidades no sentido de facilitar as interações entre quem está em sala de aula, os conteúdos trabalhados e as abordagens utilizadas. Ressaltamos, por fim, a necessidade de ampliar a discussão acerca das relações entre linguagem e didática, seja na formação inicial ou continuada de professores de Ciências, dada a importância do profissional docente com uma formação que dialogue com o “fazer pedagógico” e o contexto social.