Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, Vol. 8, No 10 (2021)

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FAKE NEWS E O SUJEITO-LEITOR NA ERA DIGITAL

Thais Dias de Almeida, Juan Monteiro

Resumo


A presente pesquisa visa discorrer sobre os desafios enfrentadas pelo sujeito na atualidade, no que se refere à prática da leitura na era digital. A questão norteadora é: como a fake news ressignifica o compartilhamento/disseminação de notícias frente às brechas entre o ler e o ouvir em plataformas digitais? Para responder a esta inquietação, fundamentamo-nos nos pressupostos da análise de discurso pecheutiana. O corpus da pesquisa é formado por recortes de notícias da web. Assim, analisamos o título e possíveis impressões dos sujeitos-leitores a partir desses títulos. Num dos recortes é possível perceber que há um indicativo de suposta morte em virtude de uma vacina (H1N1, a qual não é informada, talvez propositalmente). Num outro recorte, é possível verificar que os sujeitos compartilham a notícia levantando outras hipóteses, reforçando uma associação ao acontecimento atual da Covid-19. É assim que as fake News ganharam destaque nos últimos anos. São publicadas sem nenhum filtro de conteúdo, em redes sociais, com um título chamativo onde o leitor, em muitos casos, sequer abre a notícia para lê-la. Desta forma a pesquisa demonstra que, se existe um número alto de compartilhamentos de fake news, tal feito pode estar associado ao hábito ler, pois um sujeito que lê, geralmente, fica atento a detalhes simples, como a fonte da notícia por exemplo. Nestes casos a matéria não é a causa do compartilhamento, mas sim o título chamativo que em muitos casos não tem a ver com a integra da matéria, seu intuito é gerar comoção imediata.

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