FAMÍLIA: SENTIDOS E MEMORÁVEIS EM UM LIVRO DIDÁTICO
Byron de Castro Muniz Teixeira, Sabrina Santos Barros, Maria Alice Santos Ferraz, Adilson Ventura da Silva
Resumo
Este artigo tem como objetivo discutir e analisar os sentidos da palavra Família em enunciados presentes na Crônica “A foto”, de Luís Fernando Veríssimo, e nos respectivos exercícios do recorte, presentes no livro didático Português Linguagens – (2014) de William Cereja e Thereza Cochar. A nossa análise se dará no campo teórico da Semântica do Acontecimento, proposta por Guimarães (2002; 2018), a qual entende que os sentidos são constituídos no acontecimento do dizer, observando como se dá às relações no espaço da enunciação, que é um espaço político que instala o conflito no centro do dizer, constituído pelos locutores e pela língua, levando em consideração a temporalidade própria relação da língua com a língua tomada da sua historicidade. Assim, para as análises, mobilizamos os procedimentos enunciativos apresentados pelo autor, reescrituração e articulação, além do Domínio Semântico de Determinação (DSD). Pelos DSDs apresentados, percebe-se que a família está numa situação comum, em que os membros estão em festa e resolvem tirar uma fotografia com todos os membros da família. Entretanto, não se chega a um consenso; há uma proposta para que cada genro vá se revezando para tirar a foto e, portanto, há uma exclusão daqueles que não possuem laços consanguíneos. As discussões permanecem até ocorrer a atitude inesperada do bisa, demonstrando que a família ao invés de se importar com laços de sangue, deveria ser unida e preservar os laços de afeto.
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