BLACK PANTHER: DISCURSOS, IDENTIDADES E GÊNEROS
Simone de Sousa Ferreira, Janaina de Jesus Santos
Resumo
Esta pesquisa tem como propósito analisar discursivamente a noção de identidade afrodescendente, atravessada por corpo, gênero e etnia. Para isso, iremos selecionar, recortar e analisar enunciados audiovisuais do filme Black Panther (Pantera Negra, Ryan Coogler, EUA, 2018). A fim de compreender os discursos na sociedade contemporânea, assumimos os referenciais teórico-metodológicos da Análise do discurso, com contribuições de Foucault (2009, 2012, 1995) além de outros estudiosos como Gregolin (1995). No entrecruzamento com os estudos culturais, convocamos Fanon (1980) na abordagem da africanidade, Scott (1990) e Davis (2016) com estudos de gênero, os pressupostos de Hall (2003) sobre identidade e Munanga (2012) especificamente a respeito de identidade negra. Outra articulação dá-se com os estudos do cinema e mídia com Jullier e Marie (2009), Aumont (1995) e Bordwell (2014) sobre o cinema e as estratégias fílmicas, além de Borges e Borges (2012) sobre mídia e racismo. Os resultados apontam que o filme Black Panther dá visibilidade a discursos da igualdade ao centralizar o corpo negro como protagonista da narrativa e, principalmente, no papel de herói na sociedade altamente tecnológica de Wakanda. Concluímos que a ficção hollywoodiana é consoante com as pautas atuais de reivindicação de direitos das minorias representativas em um mundo ainda pautado por preconceito e racismo.
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