A ENTRADA DE NOVOS SUJEITOS EPISTÊMICOS NA UNIVERSIDADE E OS DESAFIOS DA VIVÊNCIA ACADÊMICA
Rafael Anunciação Oliveira, Maria Beatriz Barreto do Carmo
Resumo
A Universidade brasileira da década de 1920, traz em seus fundamentos uma tradição de conhecimento acadêmico que culmina em uma falsa ideologia de relação de horizontalidade entre os diferentes grupos sociais que, na prática, consoante com Da Silva (2017), contribui para reforçar a epistemologia branco-europeia e propagar a história dos indivíduos pertencentes às minorias subrepresentadas sob um olhar dos colonizadores. Nesse sentido, este trabalho propôs-se a discutir, a partir de uma revisão da literatura de caráter descritivo, sobre a entrada destes novos sujeitos epistêmicos na educação superior e os desafios atrelados aos quais estes indivíduos, antes invisibilizados ou desconsiderados como sujeitos de conhecimento, estão suscetíveis durante o período da vivência acadêmica. A partir dessa constatação e diante do descrito, discute-se a necessidade de promover a transdisciplinaridade e a transculturalidade como iniciativa para o decréscimo das taxas de evasão, a estabelecer diálogos e práticas articulatórias com saberes socioculturais excluídos dos mapas das epistemes como uma iniciativa para possíveis intervenções que possam embasar e contribuir para ações de bem-estar, enfrentamento do adoecimento psíquico dos estudantes e na eficácia do estímulo de vivências mais saudáveis, humanas e solidárias no ambiente acadêmico.
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