Este artigo apresenta o relato de uma experiência vivenciada enquanto aluno especial do componente curricular Políticas Púbicas Educacionais e Diversidade Cultural, do Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores da Educação Básica – PPGE - Mestrado Profissional em Educação, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), a partir de uma ação interventiva realizada no mês de novembro de 2019, em uma escola de ensino médio da rede estadual de ensino. Este trabalho tem como objetivo descrever e refletir sobre o desenvolvimento da oficina “TRANSformar pela educação: gênero e sexualidade são a mesma coisa?” e analisar os seus impactos nos sujeitos/as envolvidos/as. Durante a oficina foram empregados os seguintes recursos didáticos: exposições dialogadas, exibição de vídeos, dinâmicas de grupo, projeção de slides, entre outros. Este estudo é de natureza descritiva e reflexiva e utilizou como instrumentos para a produção de dados a análise documental e os relatos experienciados pelo autor. O método (auto)biográfico permitiu a narração de experiências a partir da reflexão das ações interventivas e da interação com os/as participantes. As análises e discussões tiveram um cunho qualitativo, ancoradas pelos pressupostos pós-estruturalistas. Os resultados revelaram que a escola deve promover mais discussões sobre a temática em pauta e que se faz necessária a desconstrução e reconstrução de algumas concepções que foram hegemônica e ideologicamente forjadas pela sociedade brasileira, o que contribui para o cerceamento do direito de ser e de se expressar de indivíduos que fazem parte de grupos minoritários fragilizados e invisibilizados pelo sistema social.