O artigo tem como objetivo analisar a presença de organismos multilaterais no direcionamento da educação brasileira que culminou no processo de expansão da Educação a Distância (EAD). O estudo se fundamenta na compreensão de que instituições como Banco Mundial (BM), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) são organizações que exercem forte influência no direcionamento das políticas educacionais brasileiras uma vez que ditam normas de ordenamento e funcionamento, tendo em vista a busca pela expansão de mercados ligados ao setor privado mercantil. O ano de 2007 marca o início da entrada da educação superior no mercado de ações, assim, este setor assume novas configurações que podem ser analisadas com a expansão do ensino superior privado e o crescimento da EAD. O movimento desencadeado foi apoiado pelo Estado brasileiro que cada vez mais tem conduzido suas políticas públicas em um processo de apoio ao mercado privado em detrimento do setor público. Como resultado deste processo, observa-se uma redução das verbas públicas destinadas ao ensino superior e um aumento do espaço de atuação de empresas privadas.