Este trabalho tem o objetivo de analisar as políticas implementadas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, voltadas para o atendimento dos alunos da graduação com deficiência visual e teve sua origem a partir do seguinte questionamento: de que modo as políticas públicas implementadas pela UESB têm garantido a permanência de graduandos com deficiência visual? O interesse por essa pesquisa surgiu mediante as dificuldades enfrentadas pela própria pesquisadora enquanto aluna com deficiência visual. Pretendeu-se desenvolver esta pesquisa dada à relevância social, no sentido de ela possibilitar à comunidade acadêmica a realidade dos discentes com deficiência visual matriculados nos cursos de graduação. Nessa perspectiva, acredita-se que seus resultados sirvam como ferramentas de denúncia e de anúncios que contribuam, de algum modo com as políticas públicas de inclusão educacional. Com relação à metodologia, desenvolveu-se um estudo exploratório de cunho qualitativo, tendo em vista o objetivo da pesquisa e a preocupação com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, mas que se centram na compreensão e na explicação da dinâmica presente nas relações sociais. Os sujeitos desta pesquisa foram os discentes dos cursos de graduação da UESB, com deficiência visual e os técnicos universitários que lidam direta e indiretamente com as políticas de inclusão educacional. Considerando os diversos problemas constatados durante a pesquisa, conclui-se que a promoção do acesso de graduandos com deficiência visual, sem garantir a sua permanência, não define a inclusão desses discentes, uma vez que ela seja construída com a participação efetiva de todos os seus agentes, coletivamente.