presente artigo tem por objetivo provocar reflexões sobre as atuais dinâmicas do capitalismo, pautadas pela intensificação da precarização do trabalho, que atinge cada vez mais categorias de trabalhadores, principalmente, aquelas menos organizadas. A categoria de trabalhadores docentes foi escolhida para análise a partir da percepção do pesquisador do crescimento de trabalhos acadêmicos sobre o tema da precarização do trabalho docente, visto que o mesmo pesquisa sobre as relações de trabalho na contemporaneidade. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada através de revisão de literatura em legislações, artigos e livros sobre o tema do trabalho docente, assim como se buscou apoio em autores da sociologia do trabalho para explicar os processos de precarização do trabalho na atualidade. Além disso, utilizou-se o livro Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar, para instrumentalizar as discussões sobre as ofensivas do capital ao direito à educação. Os resultados demonstram que os docentes brasileiros, sobretudo, os jovens e recém-formados, não estão isentos de modalidades precárias de trabalho, que estão se reinventando constantemente, sendo a precarização operacionalizada tanto pelo Estado como pela iniciativa privada, além de afetar profissionais da educação básica, profissional e superior. Dessa maneira, o fortalecimento e inclusão dos docentes em situação de trabalhos precários nos sindicatos e associações de professores deve ser uma pauta premente das entidades de classe, dado que é o tipo de trabalho que mais se expande na atualidade, gerando muita instabilidade financeira e social para aqueles que são impelidos a trabalhar sob tais condições.