O financiamento da Educação sempre foi permeado por movimentos que induzissem os investimentos para o desenvolvimento do ensino público. Com relação à educação integral, o financiamento é extremamente relevante para a ampliação de espaços e tempos de aprendizagem com vistas à inclusão dos sujeitos que vivenciam a dinâmica educativa e que, por meio dela, alcançam à inclusão social e o acesso a formação humana, sem deixar de lado a busca pela integração dos saberes. Desse modo, esse artigo é resultado de um ensaio acadêmico que buscou refletir os seguintes questionamentos: Como estão os financiamentos para a Educação Integral? Eles asseguram a especificidade das práticas de ensino que remetem a integralidade do sujeito? Com quais recursos financeiros, humanos e materiais poderemos contar para concretizar, uma Educação Integral do sujeito? Para isso, abordamos a compreensão de educação integral ancorada nas ideias de Anísio Teixeira e Edgar Morin e, posteriormente, discutimos as políticas públicas que financiam a educação no Brasil, baseando-nos, especialmente, em análise sobre o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB. Contrariamente ao entendimento e concepção de educação apresentado pelos autores supracitados, o financiamento da educação pública brasileira não se dá de forma a contemplar todas as demandas e necessidades advindas do processo educativo na perspectiva da integralidade. Em tempos de ataques a democracia e aos direitos sociais, precisamos compreender a realidade na qual estamos inseridos e continuar mobilizando esforços na busca por um financiamento que propicie uma educação emancipadora com qualidade social.