UMA EXPERIÊNCIA COM A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: A FICÇÃO DA INCLUSÃO SOCIAL
Ivanete de Jesus Rocha, Thalita Fernandes Santos
Resumo
No Brasil, historicamente, os surdos foram - e ainda são – estereotipados como inferiores e classificados como dignos de pena e incapazes de passar pelo processo educativo, isso se deve, sobretudo, ao fato destes usarem uma língua diferente do português. É fundamental analisarmos e pesquisarmos o papel social da educação na mudança desse quadro histórico, ao trazer conhecimentos básicos a respeito da Língua de sinais, bem como o entendimento da cultura surda e sua identidade para alunos pertencentes ao ensino fundamental, com a oferta dessa língua como disciplina no currículo da educação básica. Nosso estudo visa relatar algumas experiências, vivenciados por duas graduandas, ouvintes, que buscaram, por meio dos seus conhecimentos a respeito da cultura e da identidade surda, bem como da LIBRAS, “viverem” como pertencentes a esse grupo, para, por meio dessa “ficção” fomentarem discussões acerca da inclusão dos surdos, e do mesmo modo, do uso da Língua Brasileira de Sinais nos espaços sociais. Os resultados obtidos pelas experiências realizadas evidenciam a realidade de muitos surdos ao frequentarem os diversos espaços de interação social e demonstram os efeitos e implicações da inserção da LIBRAS, como disciplina curricular da educação básica e as contribuições que essa possibilidade permite vislumbrar no aumento da comunicação, na socialização e conhecimento de uma língua espacial e motora no ambiente escolar.
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