Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, Vol. 7, No 7 (2019)

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UM OLHAR SOBRE A ESCOLARIZAÇÃO DOS MORADORES DO ASSENTAMENTO CIGANO DA CIDADE DE ITAPETINGA-BA

Domiciana Luana Jesus Ferreira, Jussara Moreira

Resumo


Esse artigo tem por objetivo analisar as possibilidades do acesso e permanência dos educandos oriundos de um assentamento cigano aos anos iniciais do ensino fundamental. Tendo como recorte de tempo de 2018 a 2019, aborda como objeto o processo educacional do povo cigano, etnia facilmente identificada pelas suas tradições; mas, que tem o seu direito, constitucionalmente garantindo, ao pleito escolar. A partir da dimensão legal e dos conceitos de diversidade cultural, representações e gestão do ensino, buscamos os estudos de Costa (2001); Arendt (1999), Bourdieu e Passeron (1992); Libâneo (2018), dentre outros autores, para debater as questões sociais que afligem os grupos ciganos, em uma sociedade capitalista e monocultural, cuja tendência e a de reproduzir o status quo cultural dominante e já definido. Assim, diante das perseguições e para ressignificar a sua identidade cultural, muitas vezes, o povo cigano se afasta do mundo externo, o que inclui a escola. Portanto, essa pesquisa que é de abordagem qualitativa e traz como instrumento metodológico a memória e a entrevista semiestruturada, tem como espaço e sujeito de investigação uma escola e um assentamento cigano, situados na cidade de Itapetinga-Bahia. A luz das discussões teóricas e verificações no campo empírico como resultado compreendemos que, a população cigana, por ser refém de uma escola que não respeita os seus costumes, prefere deixar os seus filhos fora dessa instituição. Tal posição torna essencial um modelo de gestão democrática, que possa inserir dentro do aparato educacional uma maior diversidade curricular.  

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