TRABALHO E ALIENAÇÃO: A CATEGORIA DOCENTE E A PERDA DO SENTIDO DO TRABALHO
Resumo
Para compreender a realidade do trabalho docente na atualidade é indispensável que se compreenda, preliminarmente, o contexto da sociedade capitalista e todos os processos de reestruturação e ressignificação da lógica sociometabólica do capitalismo. A escola, assim como toda sociedade, está diretamente atrelada à lógica do capital, especialmente por servir ao longo dos anos como mantenedora e propagadora de suas ideologias. Partindo dessa pressuposição este artigo analisa o trabalho docente na conjuntura da sociedade capitalista. Em consonância com esta discussão apresenta-se o conceito de trabalho alienado com vistas em relacionar este conceito com as vicissitudes do trabalho docente. Para tanto, utiliza-se como arcabouço teórico os estudos de Marx e Engels (1980); Marx (2008); Garcia (1988); Antunes (2008); Lemos (2007) dentre outros. Como referencial metodológico este artigo se traduz numa pesquisa bibliográfica. A emancipação docente é o caminho para a reversão de tal situação, pois, percebe-se que ao longo de todo processo a autonomia foi sobrepujada pelo desejo capitalista de subordinação e hierarquização das funções docentes com vistas a atender aos desígnios de quem domina. A retomada de sua autonomia profissional levará, instintivamente, o docente a enxergar sua profissão não mais como uma obrigação a ser exercida de forma imposta e desprovida de realização e liberdade criativa, mas, pelo contrário, possibilitará a desalienação do indivíduo, que não mais se verá como mera marionete, mas, como sujeito ativo e com dignidade.
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