Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, Vol. 7, No 7 (2019)

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PREENCHIMENTO DO OBJETO DIRETO EM REDAÇÕES ESCOLARES

Cristiele de Lima Almeida, Valéria Viana Sousa, Milene Carneiro

Resumo


As funções sintáticas são trabalhadas em sala de aula pelos professores de Língua Portuguesa com a finalidade de demonstrar aos alunos a funcionalidade que essas desempenham na língua. O objeto direto, nesse sentido, é marcado como o elemento sintático que atua como complementador do verbo transitivo direto, logo, a sua presença na estrutura frásica é, segundo a Tradição Gramatical, necessária, tanto na  modalidade oral, quanto na modalidade escrita. Inferindo que os estudantes do 9º ano são capazes de identificar as funções sintáticas em estruturas frasais, uma vez que o conteúdo encontra-se presente no  livro didático e o fato de que esse conteúdo já foi ministrado em sala de aula da série em questão, propomo-nos investigar, à luz da Sociolinguística Variacionista, as possíveis variantes que preenchem a posição de objeto direto em redações. Para abordagem teórica, serão utilizados, como aporte, Coelho et al (2015); Araújo; Lucchesi (2004), Silva (2018) e, para a execução da análise, examinamos todos os verbos transitivos direto nas redações e verificamos o preenchimento do objeto direto em quatro produções textuais de alunos do 9º ano de uma escola da Rede Pública de Barra do Choça. Como procedimento metodológico, foram concedidos aos alunos dois temas para a produção das redações: “A importância de abordar a temática ‘Racismo no Brasil’ nas escolas brasileiras” e “O papel da escola no combate ao bullying”. Recolhidas e analisadas as redações dos alunos, foi constatado que os alunos preencheram a posição de objeto direto, embora tivessem conhecimento da prescrição gramatical e a produção fosse escrita, com quatro variantes: clítico, anafórico, sintagma nominal e oração subordinada objetiva direta.


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