Esse texto é fruto dos estudos de pós-doutorado, realizado ao longo do ano de 2018 na UFPR Litoral, buscamos compreender estruturalmente e como se dá a práxis pedagógica de intencionalidade emancipadora, que busca articular a formação discente e as possibilidades de transformação da realidade em uma universidade pública. Utilizamos a Observação participante(nas reuniões de câmaras de vários cursos; em salas de aulas; abertura do ano letivo – acolhida de calouros (as); rodas de conversas de centros acadêmicos; reuniões pedagógicas de coletivos de educadores (as); atividades de inserção em comunidades do campo; diálogos com educadores(as); estudantes, corpo técnico. Partimos do PPP da UFPR Litoral, da sua historicidade, dos objetivos, do dialogo com as possibilidades e limites dessa organicidade no fazer epistemológico, construtor de saberes comprometidos com um projeto de sociedade a ser transformada e de sujeitos responsáveis desde a práxis cotidiana do processo formativo. Os dilemas da manutenção de valores e concepções arraigados das vivências do sistema tradicional. As ações demonstradas, frutos do desdobramento do PPP, a exemplo dos Projetos de Aprendizagem-(PA), e das Interações Culturais e Humanísticas-(ICH), refletem a nova compreensão e significados apreendidos pelos sujeitos. Estudantes que deixam de ser tabula rasa, meros reprodutores, como é muito comum no sistema tradicional de ensino. Isso tem demonstrado que é possível uma organização e papel social da universidade, construtora de pessoas mais autônomas, com base em valores da cooperação, da solidariedade e com maior responsabilidade, capacidade de leitura, interpretação e compromisso com as transformações sociais.