Este artigo tem como objetivo compreender de que maneira as práticas curriculares valorizam os saberes dos sujeitos da EJA considerando a ação docente.  Para tanto foi realizado um estudo de caso numa escola pública municipal de Jequié-BA, utilizando-se das observações de aulas, aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas com discentes, docentes e gestores como dispositivos de pesquisa. As informações obtidas tiveram como referência teórica os autores Freire (1987; 2002; 1978), para discutir a educação crítica a serviço da transformação social; Gadotti (2013), evidenciando a educação de adultos como direito humano; e Macedo (2013) para tratar das contribuições dos atos de currículos. Este trabalho, em sua rigorosidade metodológica, buscou melhor aproximação com a relação teoria-prática, permitindo maior aprofundamento das discussões realizadas durante a disciplina EJA (componente curricular obrigatório do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) e a realidade educacional, fomentando nos discentes do referido curso um olhar mais investigativo e crítico-reflexivo diante da temática aqui tratada. Os resultados parciais mostram que se faz cada vez mais necessário refletir sobre novas propostas e metodologias de ensino para a EJA e, ainda, o quanto o currículo escolar deve propor alternativas que valorizem os indivíduos em seus saberes e enquanto sujeitos produtores de cultura. Sugere a necessidade do ensino “revolucionar” suas práticas didático-pedagógicas e abraçar a pluralidade cultural em sala de aula, bem como os saberes dos alunos em seus processos de aprendizagem escolar.