Neste trabalho de natureza teórica, pensamos  a especificidade da escola não a partir dela mesma, mas relacionada com as determinações fundamentais e com as relações sociais de produção e de trabalho. A educação encontra-se umbilicalmente ligada à estrutura econômica da sociedade. A educação, em cada momento histórico representa um reflexo dos interesses e anseios das classes  sociais, mais especificamente da classe que detém o domínio material e espiritual da sociedade. A organização social brasileira, capitalista,  excludente, dependente em relação ao capitalismo internacional, é marcada fortemente por  um processo de concentração dos bens materiais e espirituais. Buscando referência teórica em Florestan Fernandes compreendemos que  o desenvolvimento capitalista pressupõe muitos mecanismos econômicos, sócio-culturais e políticos que se repetem e que tais mecanismos  se repetem em condições econômicas, políticas e culturais  especificas, típicas de uma situação histórica e de uma condição de dependência tecnoeconômica, Por fim, afirmamos que  as politicas educacionais do tempo presente caminham na direção da desqualificação da escola, ou seja, uma desqualificação que atinge fundamentalmente a escola frequentada pela classe trabalhadora.