No Brasil há, historicamente, uma grande desigualdade na distribuição de renda e elevados níveis de pobreza. A pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2017 (SIS, 2017), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que cerca de 50 milhões de pessoas vivem na linha de pobreza, o que equivale à aproximadamente 25,4% da população do país, sendo que a maior proporção de pobres se encontra na região Nordeste (43,5%), ao passo que a menor proporção se encontra na região Sul (12,3%). Estes dados revelam as disparidades regionais existentes, em termos do referido indicador (proporção de pobres). Um dos fatores relacionados à pobreza é a baixa escolaridade da população; conforme apontado pela literatura (Barros, Henriques e Mendonça, 2000; Connell, 2002; Duarte, 2012). Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo avaliar em que medida os investimentos realizados pelo governo na área da educação, entre outras áreas, impactam a proporção de pobres nos estados do Brasil. Para análise dos dados, utilizou-se a metodologia de análise de regressão com dados em painel, estimada por mínimos quadrados ordinários (MQO), para o período de 2004-2012. Entre os principais resultados, constatou-se que os investimentos em educação impactam de forma significativa os índices de pobreza.