Para muitos adolescentes, falar sobre sexualidade é difícil e assim atravessam esta fase expostos aos riscos do início da vida sexual. A sexualidade precoce aumenta a vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis (IST), e à gravidez na adolescência. Em 2017, a Secretaria de Saúde do município de Itapetinga - Ba registrou 238 agravos ligados às IST, destes, mais de 70% entre adolescentes e jovens na faixa entre 10 e 24 anos. Por agrupar um grande número de adolescentes, a escola pode ser um ambiente importante no desenvolvimento de práticas preventivas, já que trabalhar com educação sexual nesse período desenvolverá autonomia e ajudará a criar hábitos saudáveis. Neste cenário, esta pesquisa objetivou verificar as ações preventivas para IST e gravidez na adolescência, realizadas por escolas públicas no município de Itapetinga-BA e associá-las a informações coletadas com os alunos sobre essa temática. Foram avaliados 240 alunos entre 12 e 22 anos, e professores, em duas escolas públicas em Itapetinga-BA. 58% dos adolescentes já tiveram a sua primeira experiência sexual e se considera ativa. 34% dos homens com vida sexual ativa não usam camisinha com frequência, enquanto 44% das mulheres não fazem uso do preservativo habitualmente. 54%, afirmou ter participado de atividades sobre IST e gravidez na adolescência nas escolas. Destes, 92% relataram conhecer métodos contraceptivos e de proteção contra gravidez. 80% dos professores desenvolvem atividades com intuito informar sobre os riscos com as IST e gravidez. Existe uma relação positiva entre alunos que já participaram de ações educativas e o uso de camisinha.