O intento deste trabalho é apresentar resultados vindos de uma prática de estágio, realizada por estudantes de Psicologia da Universidade Estadual do Sudoesta da Bahia – UESB campus Vitória da Conquista, no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas III - CAPS AD III em uma cidade do interior da Bahia, no período de julho à novembro de 2018. Após observação participante e identificação da predominância do suicídio na vida dos sujeitos assistidos, bem como a ausência de assistência específica para acompanhamento desse fenômeno, constituiu-se, à luz da Terapia Comunitária, 06 encontros grupais com os usuários do serviço. Para que esta prática pudesse ocorrer, foram realizados levantamentos nos prontuários, ao quais visavam identificar elementos que continham discursos de morte, planejamento e ação suicida. Nos encontros, foram discutidas temáticas relacionadas a vida de uma forma dinâmica a partir de materiais facilitadores, isso se fez necessário para que os participantes pudessem interagir de modo que ficassem o mais à vontade possível. Destarte, as facilitadoras interviam objetivando direcionar o processo grupal para liberação do outro, a partir dele mesmo, buscando o desenvolvimento de sua autonomia, autoconhecimento e fortalecimento dos afetos singulares. Por fim, os resultados apontam o quanto que a atitude de ir ao encontro do indivíduo através do Ethos do cuidado, é potencializadora.