EXIGÊNCIAS E IMPACTOS DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO: UMA ANÁLISE UNIVERSAL DAS CANDIÇÕES EM QUE AS MUDANÇAS SE IMPÕE
Resumo
A reforma do Ensino Médio do Brasil, sob a Lei nº 13.415/2017, tem suscitado questionamentos pelo teor das mudanças que doravante serão adotadas. Será que as mudanças sancionadas poderão de fato ser implementadas? Terão de fato os jovens possibilidade de escolher um itinerário formativo? Educação integral - técnica e humanística - ou educação instrumentalista? Este artigo pretende demonstrar em qual contexto a reforma foi proposta, buscando investigar e discutir os atuais desafios para a implementação das novas exigências de ensino na realidade das escolas do Brasil e como essas novas exigências afetarão o currículo escolar e a atuação dos professores baseando-se nas perspectivas dos sociólogos Émile Durkheim e Karl Marx. A discussão faz-se necessária visto que o ensino médio é a último período escolar da Educação Básica e tem como função dar uma formação voltada para o mercado de trabalho, além de aprimorar os conhecimentos do cidadão já adquiridos nas etapas anteriores fazendo com que possa agir criticamente em sociedade e ser humano dotado de razão. Nem todas as escolas brasileiras estão aptas a se adequar a essa reforma, as dificuldades encontradas são tantos estruturais quanto pedagógicas e levando em consideração a retirada de matérias que proporcionam o desenvolvimento do pensamento crítico do ser em sociedade tal reforma se torna incoerente com as características que o Ensino Médio deve agregar ao aluno. Desta forma as escolas se diferem principalmente pelas condições que cada uma possui para a implementação das exigências, o resultado é o aumento dos fatores da divisão de classes e da frequência em que ocorrem.
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