Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, Vol. 7, No 7 (2019)

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A PRODUÇÃO TEXTUAL DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO: PROBLEMAS E (POSSÍVEIS) SOLUÇÕES

Filipe Santos Guerra, Blenda da Silva Almeida Moreira, Alessandra Cruz de Oliveira

Resumo


É sabido que a sociedade hodierna preserva a cultura letrada, perpetuando-a e propagando-a naturalmente. Nessa conjuntura, é axiomática a supremacia da “língua” considerada padrão. O prestígio social designado aos que fazem uso do “bem falar/bem escrever” data de séculos anteriores, nos quais a gramática normativa ocupava espaço de evidência, e continua ocupando contemporaneamente, sendo exigida nas instituições de ensino, nos exames nacionais de avaliação e em situações que examinam a utilização da língua(gem) pelo sujeito. Tendo isso em vista, como docentes/pesquisadores em formação, interessa-nos analisar como a escrita vem sendo abordada na educação básica. Este artigo tem como escopo colaborar com a discussão a respeito das prováveis causas que levam discentes de ensino médio público a não se mostrarem aptos a produzir textos satisfatórios, tomando como base os critérios de avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio. Para tanto, utilizaremos Flower e Hayes (1981), Passarelli (2012), Marchuschi (2004; 2008), Gnerre (1998) e Bakhtin (2000) para embasar teórico-metodologicamente o trabalho. O levantamento do nosso corpus deu-se por meio da observação de aulas em uma turma de Ensino Médio de uma escola pública e da utilização de questionários para investigar questões significativas para o trabalho com a escrita. Os dados evidenciaram que atividades de planejamento e reescrita de textos estão sendo negligenciadas por alunos e professor. Além disso, constatou-se que a falta de textos-base e discussões acerca do assunto a ser dissertado contribuem para o engendramento de textos que não respondem positivamente às competências expectadas para um estudante do Ensino Médio.


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