A PRODUÇÃO DE SUBJETIVAÇÃO NA INFÂNCIA A PARTIR DA VIVÊNCIA DE BRINCADEIRAS COM SUCATA
Danielle Monteiro do Nascimento, Carmem Virgínia Moraes da Silva
Resumo
Este trabalho consiste em apresentar os resultados de uma prática de sala de espera do Projeto de Extensão Vivência de Brincadeiras com Sucata, realizada no Núcleo de Práticas Psicológicas – NUPPSI, serviço escola do curso de Psicologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, de maio a outubro de 2018. A sala de espera ocorreu no formato de Vivência de Brincadeiras com Sucata, tendo como objetivo promover um espaço/momento no qual crianças em situação de espera pudessem vivenciar a atividade do brincar livre, assim como, permitiu delinear questões que dizem respeito as influências da brincadeira no desenvolvimento infantil. Sendo assim, a prática foi ancorada em conceitos da perspectiva sócio-histórico-cultural de Vigotski, tais como vivência e processo criativo. Para tanto, o método de investigação utilizado foi do tipo exploratório-descritivo que contou com registro fotográfico, diário de campo e uma ficha categórica para observação e análise do brincar, considerando: idade, quantidade de crianças, composição grupal, relação estabelecida, tipo de brincadeira, estilo de interação e caráter social. Foram realizadas onze vivências que contou com a participação de treze crianças, com idades compreendidas entre dois a doze anos. Os resultados apontam a importância do brincar no processo de subjetivação infantil, visto que a partir da vivência da brincadeira podemos observar a emergência das singularidades da criança. A sucata enquanto instrumento promove na criança possibilidades de realização e exploração, permeando a sua criação, sua linguagem, ressignificação e a imaginação, cooperando no seu desenvolvimento criativo como também, para seu desenvolvimento motor, cognitivo, psicológico e social.
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