A LINGUAGEM VIRTUAL E OS PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO ÀS AVESSAS NO CIBERESPAÇO
Thaíse Ribeiro Santos Lima, Ana Paula Da Silva Sotero, Larissa Magalhães Aguiar, Valéria Viana Sousa
Resumo
O presente trabalho visa (i) analisar as escolhas lexicais empregadas na linguagem virtual cotidiana destinada a construir o discurso de ódio propagado no ciberespaço; além disso, possui o objetivo de (ii) identificar como a construção de uma frase de forma isolada pode estar carregada pelo discurso de ódio; e, ainda, (iii) determinar o que caracteriza esse discurso e sua maneira de manifestação no meio cibernético. Diante da influência da linguagem no contexto da comunicação social, o discurso e a mídia são instrumentos de poder dentro da sociedade. Com isso, buscou-se dimensionar o nível de interferência do discurso de ódio na vida das pessoas. E, diante disso, ressaltar a necessidade de propagação de uma comunicação não violenta na internet, por meio de uma linguagem livre de estereótipos e esvaziada de discriminações. Para tanto, foram realizadas pesquisas bibliográficas sobre o discurso de ódio e análises sobre os comentários expostos nas redes sociais mais utilizadas pelos internautas, como twitter, facebook e instagram. Observou-se que existem construções linguísticas que tem como objetivo humilhar, principalmente, as minorias e, sobretudo, discriminar. Então, acontece a generalização do discurso do ódio, que se revela como uma representação do poder da classe mais privilegiada da estratificação social, disseminando a manifestação segregacionista e fazendo dela uma “verdade” social. Para combater essa realidade, defende-se a propagação da educação no uso da rede, incentivando a consciência sobre a sua influência na vida das pessoas. E, com essas reflexões, finalmente, tornar o ciberespaço um meio responsável e democrático de concepção das relações sociais.
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