Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, Vol. 7, No 7 (2019)

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A CONDIÇÃO HUMANA DE ESTUDANTES DE ZONA URBANA PERIFÉRICA: TENSIONAMENTOS ENTRE O CONTEXTO ESPACIAL E O ACESSO À ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

Cristiano Santos da Cruz, Grazielle Meira Freire, Nivaldo Vieira de Santana

Resumo


O presente artigo relata uma pesquisa desenvolvida no componente curricular Política Educacional II, do Curso de Licenciatura em Psicologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB. O objetivo foi investigar a interação que estudantes de uma região periférica de Vitória da Conquista na Bahia, estabelecem com o contexto espacial ao se deslocarem para a escola. Buscou-se destacar as evidências sobre a condição humana do grupo pesquisado em relação aos impactos físicos e psicológicos a partir do direito de ir e vir à escola. Metodologicamente, a pesquisa de caráter exploratória, e abordagem quali-quantitativa, teve o seguinte encaminhamento: escolha de um bairro da periferia, sorteio de uma escola de educação básica, e aplicação questionários semiabertos em cinquenta estudantes na faixa etária de 13 a 17 anos. Os resultados apontaram que 52% dos indivíduos declaram impacto físico a partir de alterações físicas do tipo: cansaço, falta de ar, dores nas costas, na cabeça, nos joelhos e nas pernas.  62% dos indivíduos já sofreram impacto de perfil psicológico evidenciado por preocupações com: assaltos, estupros, sequestros e bala perdida. E, 30% relataram a recorrente evidência de: assédio sexual, tiroteio, morte de colegas por bala perdida, tentativa de sequestro, assalto e ônibus quebrado. Conclui-se que a vivência cotidiana desses indivíduos, no percurso que fazem entre moradia e a escola, por gerar possíveis alterações psicológicas e desgaste físico pode influenciar no rendimento educacional, ou mesmo abandono da escola.


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