Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, Vol. 6, No 6 (2017)

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DA CAPOEIRA ESCRAVA À REGIONAL DE MESTRE BIMBA DE 1808 A 1937: UMA REFLEXÃO HISTÓRICA

Tatiane Trindade Machado

Resumo


O Objetivo desse artigo é mapear a inserção histórica da capoeira no Brasil com o advento da chegada da família real portuguesa à colônia brasileira até a retirada do código penal na década de trinta do século XX, quando a prática da capoeira deixou de ser considerada crime. Nesse sentido, faz-se necessário fazer uma reflexão a respeito das Reformas Educacionais do período estudado, verificando se o negro e suas práticas estavam inseridos no processo educativo. Para fazer tal reflexão, utilizaremos o conceito de habitus de Elias (1994) para entender como o indivíduo capoeira estava inserido na sociedade à época. Assim, procuraremos entender se as reformas educacionais brasileiras interferiam nos processos sociais da capoeira escrava, especialmente no que diz respeito à Regional de Bimba. Ressalta-se que há poucas fontes que nos remetam à história da capoeira, tendo em vista que muitos documentos relativos à época da escravidão negra foram desviados e/ou desapareceram. É significativo mencionar que a Capoeira Regional de Mestre Bimba, criada na década de 1930, inventou um método para o ensino da capoeira e, neste período, a sua prática foi retirada do código penal a partir do Governo de Getúlio Vargas, deixando de ser crime.

Palavras-chave: Capoeira. Educação. Habitus.


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