Este artigo trata-se de um relato de experiência que objetiva promover uma reflexão sobre o Ensino Médio Integrado (EMI) à Educação Profissional nos Institutos Federais de Educação, especificamente no IF Baiano Campus Guanambi, no intuito de desvelar as experiências significativas e os desafios do EMI, na visão dos sujeitos que compõem a comunidade escolar: discentes, docentes e técnicos administrativos em educação. Buscamos discutir os desafios de uma educação efetivamente integral, e não apenas como espaço de assimilação de conhecimentos exigidos pelo mercado de trabalho, que demarca uma concepção e prática educativa em direção de uma ação mais contundente na luta contra a dualidade e fragmentação na educação. A metodologia utilizada parte de uma abordagem qualitativa, com a realização de entrevista aberto-orientada, e de levantamento bibliográfico e documental, que contempla estudos de autores relacionados ao tema, tais como, Ciavatta (2005), Ramos (2005, 2008, 2008a), Frigotto (2005), Saviani (2003), (2008), Wiedemann (2018), dentre outros. O presente relato evidencia que o EMI, embora contraditório, traz avanços rumo a uma superação da visão dicotômica da educação. Ademais, carece de algumas ações integradoras, com vistas a se constituir efetivamente em um espaço de formação que possibilite o diálogo com os diversos campos do conhecimento, tendo o trabalho como principio educativo, que se baseia numa concepção de educação politécnica e emancipatória. Torna-se imperativo, portanto, a formação onmilateral, em que o humano seja prioridade e a formação possa garantir a integração dos sujeitos nos espaços de democracia.