A agroecologia tem sido uma ferramenta de resistência de mulheres rurais ao agronegócio. As bases agroecológicas permitem repensar relações de gênero e fortalecer a coletividade nos movimentos de mulheres rurais em suas comunidades de base e na agricultura familiar. Esse trabalho apresentará duas metas do projeto de extensão Mulheres de Fibra: formação em agroecologia para mulheres rurais do estado da Bahia fnanciado pelo MAPA e cujo objetivo é a formação em agroecologia e feminismo de mulheres rurais dos territórios de identidade: Portal do Sertão, Litoral Norte, Recôncavo da Bahia e Vale do Jiquiriçá. Cada território teve cerca de cem mulheres beneficiadas pelo projeto e quinze quintais coletivos implantados em diferentes comunidades. Os grupos de vinte mulheres por comunidade foram escolhidos nas câmaras técnicas de mulheres dos colegiados territoriais. As atividades de formação aconteceram através de encontros com as equipes de profissionais selecionadas pelo projeto que atuaram em cada um dos territórios através de oficinas e atividades práticas durante as implantações dos quintais, como hortas com canteiros econômicos, Sistemas de Produção Agroecológica Integrados e Sustentáveia (PAIS) e Sistemas Agroflorestais (SAF). Os quintais se mostraram como espaços de formação, fortalecimento e incentivo para novos grupos produtivos, promoveram o aumento da renda das mulheres e a replicação das experiências entre as mulheres que participaram das formações do projeto.