As relações de poder estabelecidas no sistema socioeducativo são construídas a partir de uma série de fatores intra e extra muros das Unidades de Internação. O presente estudo, ao observar os/as educadores/educadoras e professores/professoras que atuam em tais ambientes como vasos comunicantes entre adolescentes e uma educação que pode significar a construção de subjetividades subversivas àquelas de produção do sujeito dócil, propõe-se a compreender, sob quais condições, é possível que os/as professores/professoras, em um ambiente que se dedica a ressocializar – enquanto cria um cenário não reproduzível em liberdade e estigmatiza os que por ele passam –, sejam uma ponte entre os/as jovens e possibilidades possíveis fora da instituição, de modo que, seus papéis na sociedade neoliberal vigente não sejam endereçados apenas como o de (ex-)delinquentes.