Este trabalho tem como objetivo discutir sobre a Educação do Campo a partir da realidade das turmas multisseriadas. Para tanto, parte da seguinte questão problema: até que ponto as turmas multisseriadas são pontos de resistência para a existência da Educação do Campo?. Fez-se uso de uma abordagem qualitativa, por meio de uma pesquisa bibliográfica, embasada nos seguintes teóricos: Arroyo (2011); Caldart (2009); Hage e Barros (2010); Molina (2008), dentre outros. O estudo mostrou que mesmo com os avanços educacionais e as conquistas advindas da luta do movimento “Por uma educação do campo”, há por parte do Governo um verdadeiro descaso evidenciado com a falta de políticas públicas voltadas à realidade das turmas multisseriadas e com programas de nucleação e transporte escolar que coadunam com o fechamento dessas escolas. No entanto, mesmo com todos os entraves impostos às turmas multisseriadas, elas seguem seu curso, resistindo a todo tipo de adversidade que as circundam, o que as caracterizam como uma organização necessária para a existência da Educação do Campo.