No presente estudo, busco analisar as relações entre as manifestações culturais e a utilização do espaço público como instrumento de lazer e aprendizagem não formal. O recorte desse trabalho é o espaço das praças públicas, como recurso urbano e trazendo a capoeira e sua prática na rua como expressão de liberdade e ocupação criativa do aparelho público. A simbiose entre o patrimônio arquitetônico e o patrimônio imaterial, é o marcador principal dessa análise, as potencialidades da capoeira, sintetizada com todo seu leque de manifestações culturais, pode vir a ser um “coringa” para a pacificação das praças das cidades, além de servir de ferramenta de aprendizado social para a convivência heterogenia das pessoas, em especial a juventude. Valho-me do aporte dos estudos teóricos e da minha vivencia na capoeira como aluna integrante do CETA CAPOEIRA ESCOLA2 em vitória da Conquista- Ba, para as observações pessoais a respeito do medo urbano, da privatização do lazer e as características populares e inclusivas da capoeira e a roda de rua. Nessa perspectivas, compreendo que esse trabalho, mais do que tratar sobre o espaço público vivenciado e compreendido como lugar de socialização e confiança, constitua possibilidades de ideal de liberdade na cidade.