O presente artigo intitulado, a importância da educação do campo no contexto de luta pela terra, se propõe a analisar a educação do campo na perspectiva de algo que se inscreve como veículo de empoderamento, daqueles despossuídos que historicamente lutam pela apropriação do direito a terra. Nesse contexto, destaca-se o Movimento dos trabalhadores Rurais sem Terra MST, considerado por Ribeiro (2010), como o movimento social mais importante do Brasil, historicamente levantando essa bandeira da luta pela terra, contabilizando na sua trajetória morte de companheiros que de forma trágica perderam a sua vida em meio a essa luta. A pesquisa discute o conceito de neutralidade em Freire (1992), para além disso, dialoga com autoras como Gohn (1997), Santos (2010), autoras relevantes para a pesquisa no sentido de compreender as conquistas e retrocessos desse percurso histórico da educação do campo. A pesquisa traz os dispositivos legais que amparam essa luta, os avanços e as tensões, nesse sentido a pesquisa dialoga com Marx (2008), no sentido de desvelar o capital, como protagonista, da ideologia do Latifúndio, reverberando nesse campo de tensão entre a reforma agrária e a propriedade privada. Finalmente, a pesquisa traz ainda o resultado daquilo que foi coletado por meio de entrevista, sobre o objeto analisado, evidenciando que a educação do campo se constitui com a relevância de um artefato ideológico no contexto de luta pela terra.