O modo de produção capitalista, em cem anos, transformou as relações sociais, econômicas, políticas e ambientais sem precedentes na história. Essas transformações tornaram contraditória à imagem de felicidade e conforto propalado pelos avanços técnico-científicos. O capitalismo contribuiu para a internacionalização das técnicas que completa o ciclo da globalização. A concentração da riqueza voláFruto de constantes visitas a campo o presente artigo busca analisar a materialização das lógicas de gênero no espaço com a instituição de territórios e equipamentos urbanos especializados em performatividades sexuais que reiteram a subversão da produção do espaço heteronormativo capitalista. Nosso artigo põe o gênero como centro de análise para compreender a dinâmica erótica que existem nas cidades, dando ênfase a realidades urbanas de médio porte. Assim, a cidade de Feira de Santana-Ba, que centraliza uma gama de processos ligados ao comércio e se retroalimenta por sua importante e estratégica localização geográfica, se constituí em nosso espaço de análise. É no centro de Feira que especialmente à noite se vende muito prazer, bem como, é em Feira de Santana que outros corpos são consumidos pelo mercado do erotismo e se materializam em formas urbanas perfomaticas generificadas. É sobre esses equipamentos de entretenimento sexual e os territórios das garotas de programa e das travestis que refletiremos, dialogando com a produção de gêneros e espaço mediados pela teoria queer numa perspectiva dialética.