Seminário PIBID UESB/Campus de Itapetinga - ISSN 2526-9275, Vol. 1, No 1 (2017)

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A SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFESSORES

Ennia Débora Braga Pires, Taisa Souza Cruz Silva

Resumo


O artigo traz uma discussão sobre a Síndrome de Burnout, termo utilizado por pesquisadores para indicar o processo de esgotamento psicológico vivenciado em relação ao trabalho. Neste artigo, o foco é o docente que vem sendo vítima dessa doença na realização do seu trabalho. O objetivo do artigo é contribuir para debate sobre o trabalho docente, discutindo o aumento da Síndrome de Burnout na contemporaneidade e a relação dessa ocorrência com as condições atuais de trabalho dos profissionais da educação, conscientizando os docentes sobre a relevância da inclusão desse debate no meio acadêmico e em cursos de formação de professores. O artigo tem como referência metodológica a pesquisa bibliográfica e fundamenta-se em autores que discutem a Síndrome de Burnout, dentre os quais: Codo e Menezes (2002), Esteve (1999), Edelwich e Brodsky (1980), Ferenhof e Ferenhof (2002), Maslach e Jackson (1981), Nunes Sobrinho (2006), Panzini (2007) e Silva (2006). As exigências emocionais, no caso do professor, são ligadas a sua profissão, podendo ser alteradas, por exemplo, por políticas de educação que acrescentem sobrecarga de trabalho sem a devida contrapartida, ou por condições inapropriadas de trabalho, pela presença de alunos difíceis, problemáticos (alunos violentos, com grande dificuldade de aprendizagem), ou ainda pelo sentimento de desrespeito, de não reconhecimento pelo seu zelo e da magnitude do seu papel no corpo social. O estresse na profissão docente ocorre porque os professores passam um bom tempo de seu dia a dia, afastados de seus colegas no local de trabalho, sem ter como externar seus pensamentos. A maioria dos professores não consegue ter expectativas com o seu trabalho, assim, não conseguem ter uma vida saudável, pois não refletem sobre sua vida profissional e não tem satisfação pelo que faz. Com a realização da pesquisa, constatou-se que as grandes mudanças e evoluções ocorridas na sociedade têm contribuído para aumentar as demandas e exigências sobre a profissão docente, mas pouco tem se discutido sobre a saúde e o bem estar desse profissional. Conclui-se que o debate e a informação sobre a síndrome de Burnout mostram-se como uma possibilidade de enfrentamento desse mal estar que assola milhares de docentes e que deve ter uma maior assistência por parte dos órgãos competentes, encandeando condições mais digna de trabalho para que o docente exerça sua profissão com o zelo que faz jus. Nesse aspecto, o trabalho soma uma modesta contribuição.

 

Palavras-chave: Burnout. Docente. Estresse. Trabalho.


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